Acordo e me deparo com rebolation tion, e eu e todos sabem que o carnaval já acabou. O Big Brother faz com que o "Oi, como vai?!" se transforme em "Quem está no paredão?" ou "Quem é o líder?" Os toques de celular que escuto na faculdade ou mesmo nas ruas são todos de uma tal de uma mulher de caráter duvidoso, numa bicicleta, com a mão cobrindo a calcinha.
Se eu não estivesse ainda no final da segunda década de minha vida, eu já teria desistido de viver.
Por falar em desistir de algo, uma linda decepção me deixa sem vontade de passar pela catraca da faculdade.
Até mesmo os professores relembram e deixam claro que o jornalismo virou uma máquina de modelagem cerebral da sociedade. É um conformismo, que me espanta saber que os jornalistas antes mesmo da formação sabem disso e nada é feito para que ao invés de criar uma realidade, apenas a mostre claramente para o público. E aí eu penso que se eu não estivesse ainda no terceiro período, eu já teria desistido da comunicação social.
Além disso, alguns dos nossos futuros jornalistas estão folheando "Caprichos" cor de rosa, com foto de adolescentes maquiados e "photoshopados" na capa. Isso tudo em meio a mudanças climáticas, a eleições dos nossos amados e odiados deputados, senadores, governadores e presidente. O papo é sobre o show do "Forró do Muído", enquanto existem terremotos destruindo países e matando milhares de pessoas, e não precisando ir tão longe, eu vejo longnecks sendo atiradas de madrugada e se transformarem em dezenas de caquinhos ou no ônibus pessoas arremessando papéis nas ruas que estarão debaixo d'água quando a chuva cair lindamente e ferozmente sobre nossa cidade mal estruturada para os muitos dilúvios de verão anuais.
Se eu não tivesse... err... Em meio a esses desgostos, nem os meus quase 20 anos me anima.
Qualquer semelhança com alguém que você conheça, é mera coincidência. (: